Novos pareceres e contributos da APAV

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Estão disponíveis novos pareceres e contributos da APAV para o processo legislativo dos seguintes diplomas legais:

» Posição da APAV acerca do enquadramento legal da criação e/ou divulgação não consentidas de conteúdos de natureza íntima, designadamente sexual (abril 2023) 

» Contributo da APAV sobre o Projeto de Lei n.º 678/XV/1.ª do Chega – Reforça a proteção dos idosos que sejam vítimas de crimes (abril 2023) 

» Contributo da APAV sobre o Projeto de Lei n.º 671/XV/1.ª da Iniciativa Liberal – Consagra os crimes de violação, de coação sexual e de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência como crimes públicos; e o Projeto de Lei n.º 681/XV/1.ª do Partido Socialista – Reforça a proteção das vítimas de crimes contra a Liberdade sexual, alterando o Código Penal e a Lei de Acesso ao Direito e aos Tribunais (abril 2023) 

» Contributo da APAV sobre o Projeto de Lei n.º 645/XV/1.ª do PCP – Atribui patrono às vítimas de violência doméstica (abril 2023) 

» Contributo da APAV sobre o Projeto de Lei n.º 644/XV/1.ª do PCP – Reforça as medidas de proteção das vítimas de violência doméstica (março 2023) 

» Parecer da APAV referente à Proposta de Lei n.º 641/XV/1.ª do PSD – Estabelece medidas com vista à especial proteção das mulheres imigrantes indocumentadas vítimas de violência, procedendo à décima alteração à Lei n.o23/2007, de 4 de julho, que aprova o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional (março 2023) 

» Contributo da APAV sobre os Projetos de Lei n.º 610/XV/1.ª da Iniciativa Liberal – Aumenta o prazo de prescrição para denúncia de abuso sexual de menor, alterando o Código Penal; e n.º 611/XV/1.ª do Bloco de Esquerda – Altera o Código Penal, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 400/82, de 23 de setembro, alargando o prazo prescricional dos crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual de menores e do crime de mutilação genital feminina sendo a vítima menor (março 2023) 

Victim Support Europe lança policy paper: “Transformar a forma como comunicamos com as vítimas”

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O Victim Support Europe acaba de publicar um novo policy paper, “Transformar a forma como comunicamos com as vítimas”, que visa reforçar o acesso das vítimas de crime à informação.

O Diretor Executivo do Victim Support Europe (VSE), Levent Altan, afirma que o policy paper desenvolvido no âmbito do projeto Infovítimas III, coordenado pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), é “um excelente passo para melhorar a vida das vítimas de crime, as atitudes têm que mudar”.

Relatos de diversas vítimas de crime, um pouco por toda a Europa, revelam desafios persistentes no acesso a informação adaptada às suas necessidades, quer seja no acesso a serviços de apoio quer durante a sua participação no processo penal. As vítimas de crime experienciam perdas, lesões e trauma. Quando a informação não lhe é prestada, ou não o é de forma adequada (por exemplo, muita informação é disponibilizada de uma só vez, ou numa linguagem complexa, o que pode criar confusão), pode gerar-se ansiedade ou trauma adicional, o que leva a que a vítima se sinta excluída do sistema de justiça.

Em 2012, a Diretiva das Vítimas da UE estabeleceu um conjunto de direitos relativos à informação, incluindo o direito a receber informação sobre o processo ou o de beneficiar de serviços de interpretação e tradução, entre outros.

Contudo, apesar de todos os progressos alcançados, persistem inúmeros desafios no acesso efetivo a informação que a vítima compreenda e sobre a qual possa agir. Resultados preliminares do projeto BENEVICT, liderado pelo VSE e que se encontra a aferir o estado-da-arte da implementação da Diretiva das Vítimas em 27 Estados-Membros da UE, indicam que “apesar da obrigação de prestar informação estar vertida na legislação nacional de quase todos os Estados-Membros, as vítimas não recebem informação completa ou que consigam compreender”.

Levent Altan, do VSE, considera este novo policy paper uma ferramenta extremamente útil para apoiar governos, assim como profissionais que diretamente contatam com vítimas de crime e demais partes interessadas, na sua missão de assegurar que a informação, mais do que transmitida, é efetivamente comunicada. “A informação deverá ser o centro de um sistema de apoio às vítimas de crime que seja eficaz e seguro. Permite que as vítimas acedam quer a serviços de apoio quer ao sistema de justiça, bem como ajuda a prevenir situações de vitimação secundária. Apesar dos progressos alcançados nas últimas décadas, observamos que o atual mecanismo de informação às vítimas sobre os seus direitos não funciona e não endereça as suas necessidades, o que demonstra ser necessária uma alteração de paradigma na forma como o direito à informação é abordado e implementado”, declara Altan. “Os desafios que observamos impedem que as vítimas compreendam a informação que lhes é prestada e, consequentemente, a forma como agem sobre a mesma. Significa que precisamos passar da prestação de informação para uma comunicação efetiva.”

O policy paper pretende analisar os desafios com que as vítimas se deparam e procurar soluções efetivas para os colmatar. As recomendações traçadas incluem orientações sobre como comunicar as vítimas de um crime, bem como a implementação de soluções práticas, como por exemplo, a utilização de plataforma digitais onde as vítimas possam aceder a informação sobre o processo, para além de uma abordagem sistémica à prestação de informação em torno da comunicação.

Frederico Marques, da APAV, que coordenou o projeto Infovítimas III, afirma: “O que precisamos é de mudar atitudes e formas de pensar. A prestação de informação às vítimas é frequentemente vista como uma sobrecarga administrativa, subestimando-se o impacto que poderá ter nas vítimas, na sua recuperação e participação no sistema de justiça. Olhar para o direito à informação na perspetiva da comunicação permitir-nos-á analisar se a informação é percebida pela vítima, o que é necessário para que não só melhor possa processar a informação prestada, mas também utilizá-la. Esta mudança de pensamento é imperativa se quisermos assegurar que a vítima acede a serviços de apoio e ao sistema de justiça.”

Os nossos sistemas de justiça têm evoluído ao longo dos anos, mas o processo penal permanece e apresenta-se como complexo e pouco familiar para as vítimas. As vítimas sentem-se, assim, excluídas de um processo que intimamente se relaciona com a sua vida e as suas experiências.

Para que se alcancem mudanças, a prestação de informação precisa de estar integrada num sistema mais abrangente de comunicação que se foque em sobre como e se a informação é compreendida, que defina que informação deve ser partilhada com as vítimas, como e por quem, que estabeleça padrões de qualidade, bem como um enquadramento e mecanismos necessários para assegurar coordenação.

“Muitos polícias e outras autoridades que contatam com vítimas de crime estão a fazer o seu melhor para as informar e apoiar. O problema é que a qualidade da informação depende da pessoa que a disponibiliza, na sua formação, capacidade de comunicação e sensibilidade para com as necessidades das vítimas. Isto cria um sistema fragmentado com inconsistências e desigualdades entre vítimas, dependendo de onde estão e com quem falam”, admite Altan.

Altan ressalva a importância do sistema de comunicação estar integrado num Sistema Integrado de Apoio às Vítimas, que coordena as ações e respostas de diferentes setores-chave com um papel importante na recuperação das vítimas de crime: “Agora que publicámos o documento “Transformar a forma como comunicamos com as vítimas”, a prioridade do VSE será tornar as recomendações uma realidade. Consideramos que constitui, efetivamente, um primeiro passo para assegurar que a Comissão Europeia publica a revisão da Diretiva das Vítimas durante os próximos meses, reforçando o direito das vítimas à informação e todas as obrigações que pendem, nesta matéria, sobre os Estados-Membros. Trabalharemos em conjunto com os governos nacionais e organizações de apoio à vítima para apoiar quer na compreensão destas recomendações quer na sua implementação prática. Não obstante as alterações legislativas serem fundamentais, o motor das mudanças necessárias está na transformação de práticas no terreno e em apoiar todos/as os/as profissionais nesta demanda. Acreditamos que só assim poderemos produzir mudanças na vida das vítimas”.

Policy paper: “Transformar a forma como comunicamos com as vítimas”

AVON entrega donativo à APAV

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É um orgulho a parceria continuada que a APAV mantém com a AVON, conhecida marca de cosméticos, que todos os dias trabalha e dá o melhor de si para combater a violência, as injustiças, e reúne esforços para tornar o mundo mais seguro para todas as mulheres.

No âmbito da sua política de responsabilidade social, que tem como um dos principais focos a luta contra a violência doméstica, a AVON entregou à APAV num evento em Lisboa, um donativo de 20.145 €. Esta ação e resultado foi fruto do empenho dos Revendedores AVON, que trabalham diariamente através de pequenos gestos diários como a sensibilização dos seus clientes para o tema, através da venda de alguns produtos AVON, cujas receitas reverterão para a Associação.

Juntos somos mais fortes.

Muito obrigada Avon, à sua equipa de Revendedores e Clientes!

Dia Nacional de Sensibilização sobre o Ciberbullying

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No dia 21 de abril é assinalado o Dia Nacional de Sensibilização sobre o Ciberbullying. Esta é uma forma de bullying, cometida através da internet, em que uma pessoa ou grupo de pessoas procura ofender, envergonhar ou humilhar outra pessoa.

O ciberbullying manifesta-se através da partilha de textos, fotos e vídeos agressivos ou humilhantes para com outra pessoa, colocando a sua identidade em causa e afetando a sua autoestima. O facto de o ciberbullying ser praticado através da Internet - nas redes sociais ou através de aplicações de mensagens como o WhastApp - faz com que o agressor não tenha de confrontar diretamente a vítima, sentindo-se menos inibido no momento de agredir, com menos medo de vir a ser castigado e, por isso, mais poderoso.

O ciberbullying pode ser praticado de um para um (apenas entre a vítima e agressor); de um para muitos (um agressor publica algo que muitas pessoas podem ver); ou de muitos para muitos (quando muitos agressores partilham algo que muitas pessoas vão poder ver).

Formas comuns de violência no ciberbullying:

Flaming – discussões online utilizando mensagens eletrónicas com linguagem vulgar e enraivecida;

Harassement – enviar repetidamente mensagens indecentes, más e insultuosas;

Impersonation - passar-se por outra pessoa e enviar ou publicar material para causar problemas ou perigo, ou prejudicar a reputação ou amizades;

Outing – partilhar os segredos de alguém, informação embaraçosa ou imagens online;

Trickery – levar alguém a revelar segredos ou informação embaraçosa e partilhá-la online;v Exclusion – excluir alguém intencionalmente e de forma cruel, de um grupo online;

Cyberstalking – assédio repetido, intenso que inclui ameaças ou gera um medo significativo;

Happy Slapping – Agressões que são cometidas por uma pessoa ou por várias contra a vítima estando a ser gravado por terceiro que mais tarde vai partilhar as mesmas nas redes sociais.

A APAV está disponível para apoiar, através da Linha Internet Segura: 800 219 090.

25 abril | A liberdade ainda não é de todos

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A APAV assinala os 49 anos do 25 de abril recordando que a liberdade conquistada nesta data ainda não é de todos/as. Quando uma pessoa é vítima de crime ou violência, vê a sua liberdade ser tolhida. Trabalhamos diariamente para apoiar e proteger os direitos das vítimas de crime e violência em Portugal.

Se foi vítima de crime e/ou violência, contacte a Linha de Apoio à Vítima: 116 006 (chamada gratuita e confidencial, dias úteis das 8h às 22h).

Esta campanha foi de desenvolvida criativamente por Constança Caixinha.