Prevenção

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Se estiveres sozinho em casa

  • Diz sempre a alguém da tua família que estás sozinho em casa.
  • Se tocarem à campainha ou baterem à porta a regra é NUNCA abrir a porta quando estás sozinho. Os teus familiares avisar-te-ão se forem a casa e os teus pais têm a chave.
  • Não digas ao telefone ou na rua que estás ou vais ficar sozinho em casa. Se pedirem por telefone ou por intercomunicador para falar com o teu pai ou mãe, diz-lhes que no momento estão a tomar banho e não podem falar.
  • Tem sempre em lugar acessível, os números de telefone de familiares ou amigos a quem possas telefonar em caso de receio. Numa urgência, já sabes, liga 112.

 

Nos transportes públicos

  • Escolhe os autocarros, metros, comboios que transportam mais pessoas e amigos teus.
  • Tenta sentar-te o mais próximo possível do condutor, maquinista.
  • Se alguém se sentar ao teu lado e isso te causar desconforto, muda de lugar.
  • Evita paragens ou estações desertas.
  • Previne-te sempre contra os carteiristas. 

 

Fora de casa/na rua

  • Não tragas contigo muito dinheiro ou objecto valiosos
  • Traz o telemóvel separado dos outros objectos para o caso de o teres de utilizar rapidamente.
  • Não mostres os teus objectos em público e evita mostrá-los ou manuseá-los em ambientes abertos e longe dos teus amigos ou familiares.
  • Casacos e mochilas deixados nas costas das cadeiras nas salas de aulas facilitam o acesso aos teus objectos pessoais, evita esse local e coloca-os no chão junto a ti.
  • Se fores assaltado não ofereças resistência.
  • Tenta caminhar sempre acompanhado por colegas de escolas ou amigos e evita sempre atalhos, ruas desertas ou descampadas.
  • Diz sempre a alguém da tua confiança, antes de saíres de casa, para onde vais e qual o caminho que vais utilizar.
  • Quando saíres e se o fizeres a pé, utiliza sempre percursos que facilmente identificas. As casas de amigos e lojas onde possas recorrer rapidamente em caso de urgência são sempre essenciais para a tua segurança.
  • Quando vês alguém que não te inspira confiança, muda de passeio e circula do outro lado da estrada.
  • Não aceites boleias.
  • Não aceites guloseimas, rebuçados, pastilhas elásticas, etc., que te ofereçam pessoas que não conheces. Afasta-se de desconhecidos;
  • Mantém-te atento. Se usares auscultadores, utiliza preferencialmente os mais pequenos e escuros e não coloques a música muito alta pois isso pode abstrair-te dos sons envolventes e colocar-te em perigo.
  • Evita carros parados junto ao passeio, com o motor em funcionamento e com o condutor no interior. Passe para o outro lado da estrada.
  • Se um carro parar junto de ti quando te deslocas a pé, muda de direcção no cruzamento mais próximo, pois serás sempre mais rápido a mudar de direcção e a procurares um lugar seguro.
  • Tem sempre as chaves de casa preparadas para as utilizar em caso de urgência.
  • Se estás preocupado e pensas que corres perigo, liga 112.
  • Se fores agarrado grita o mais alto que puderes e tenta fugir.

 

 

 

Se estás a ser vítima

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Se estás a ser vítima de violência doméstica, lembra-te que os teus pais, familiares ou quem cuida de ti não têm o direito de te maltratar e que qualquer criança ou jovem tem o direito de não ser agredida nem física nem verbalmente. 

  • Encontra um lugar seguro em tua casa ou tenta sair para um local onde alguém te possa proteger.
  • Conta a tua história a um adulto em quem confies.
  • Numa situação de urgência podes ligar para Número Nacional de Socorro: 112
  • Se precisares de ligar para pedir ajuda, deves ser capaz de indicar a tua morada e dar o nome dos teus pais.
  • Grava contactos telefónicos importantes no teu telemóvel, para poderes pedir ajuda facilmente caso precises.

 

Se estás a ser vítima de bullying…

  • Responde com segurança, sem medo e sem violência. Evitar mostrar que estás assustado pode ser suficiente para que o bullying acabe;
  • Se sentires que estás numa situação de perigo vai para um local onde te sintas seguro ou para um local onde estejam mais pessoas;
  • Conta o que se está a passar a um colega em quem confies para teres uma pessoa mais próxima de ti, principalmente quando estás sozinho.
  • Conta o que se está a passar a algum adulto de confiança que trabalhe na escola. Conta também aos teus pais. Os adultos só poderão ajudar-te se contares o que estás a viver.
  • Grava contactos telefónicos importantes no teu telemóvel, para poderes pedir ajuda facilmente caso precises.
  • Liga para a APAV. Podes pedir ajuda sem te identificares. O apoio é gratuito e confidencial.

 

Se estás a ser vítima de violência no namoro…

  • Conta a um adulto da tua confiança o que se está a passar;
  • Opta por locais públicos e movimentados para estares com o teu/tua namorado/a. Locais isolados
  • podem colocar-te em risco;
  • Muda as tuas rotinas (ex: o teu percurso para a escola e da escola para casa e procura fazê-lo na companhia de outras pessoas);
  • Quando saíres procura dizer a alguém que confies onde vais e a que horas regressas;
  • Grava contactos telefónicos importantes no teu telemóvel, para poderes pedir ajuda facilmente;
  • Se sentires que estás em perigo procura imediatamente alguém ou um sítio mais seguro;
  • Liga para a APAV. Podes pedir ajuda sem te identificares. O apoio é gratuito e confidencial.

 

Se estás a ser vítima de violência sexual…

  • Conta a um adulto da tua confiança o que se está a passar;
  • Grava contactos telefónicos importantes no teu telemóvel, para poderes pedir ajuda facilmente caso precises;
  • Se sentires que estás em perigo procura imediatamente alguém ou um sítio mais seguro;
  • Liga para a APAV. Podes pedir ajuda sem te identificares. O apoio é gratuito e confidencial. 

 

 

 

 

Se souber ou suspeitar...

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Se souber ou suspeitar que a criança ou jovem é vítima de violência:

  • Converse com cuidado, num local privado;
  • Diga que acredita nela e que pode confiar em si;
  • Ouça com atenção e reforce que não tem culpa pelo que lhe aconteceu;
  • Reforce a coragem por estar a contar o que aconteceu;
  • Diga que fará tudo o que for possível para a apoiar.
  • Comunique e encaminhe a situação aos Núcleos de Acção de saúde para Crianças e Jovens em Risco (Centros de Saúde/Hospitais), às autoridades policiais, à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens ou aos Serviços do Ministério Público de forma a garantir a segurança e protecção da criança ou jovem.


 

Consequências

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FÍSICAS:

  • Traumatismo craniano
  • Lesões cerebrais e défices neurológicos
  • Fracturas dos membros
  • Lesões cutâneas
  • Complicações  na saúde sexual e reprodutiva
  • Perda de capacidades motoras e/ou sensoriais
  • Perda do controlo dos esfíncteres
  • Atraso no crescimento ponderal e estatural
  • Problemas de sono
  • Problemas alimentares e perda de apetite
  • Queixas psicossomáticas

 

PSICOLÓGICAS E COMPORTAMENTAIS

  • Baixa auto-estima e baixa percepção de auto-eficácia
  • Alterações no comportamento alimentar
  • Comportamentos regressivos
  • Comportamentos auto-destrutivos
  • Problemas de saúde mental
  • Comportamento agressivo e violento
  • Comportamentos de risco (comportamentos sexuais de risco, consumo de substâncias)

 

RELACIONAIS/SOCIAIS

  • Empobrecimento e/ou dificuldades no estabelecimento de relações interpessoais
  • Afastamento em relação aos amigos
  • Vitimação e perpetração de violência nas relações futuras
  • Desinteresse por actividades de cariz social
  • Dificuldades escolares
  • Fugas da escola/de casa 

 

 

 

Sinais de alerta

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Existe um conjunto de indicadores de vitimação, que funcionam como sinais que poderão facilitar a detecção da situação de violência, particularmente pelos profissionais que contactam com crianças e jovens, como é o caso dos profissionais de educação e de saúde. De seguida encontram-se dispostos os sinais de alerta que mais caracterizam as formas de violência exercidas contra crianças e jovens. Existem, contudo algumas particularidades de determinadas formas de violência às quais deveremos atentar.

                              

MAUS TRATOS FÍSICOS:

  • Lesões físicas incompatíveis com a explicação/em locais pouco comuns
  • Marcas evidentes de mau trato
  • Versões sucessivas e inconsistentes do mesmo “acidente”
  • História de “acidentes” semelhantes
  • Fracturas e/ou lesões em diferentes graus de cicatrização
  • Sequelas
  • Demora na procura de cuidados médicos
  • Evitamento do contacto corporal

 

NEGLIGÊNCIA FÍSICA

  • Falta de adesão médica
  • “Acidentes” de repetição
  • Aparência pouco cuidada
  • Higiene deficiente/ausente
  • Fome
  • Sinais evidentes de malnutrição
  • Ausência de hábitos diários
  • Absentismo e abandono escolar
  • Evitamento do contacto corporal

 

VIOLÊNCIA SEXUAL

  • Problemas na saúde sexual e reprodutiva
  • Expressão de afecto de forma sexual
  • Linguagem sexual precoce
  • Comportamentos auto-eróticos extremos
  • Comportamento sexual inadequado para a idade
  • Envolvimento na prostituição
  • Comportamento sexual gerador de mal-estar
  • Preocupação constante acerca do tema da sexualidade
  • Comportamentos bizarros

 

BULLYING

  • Lesões físicas, danos nos objectos pessoais e no material escolar que não é capaz de explicar
  • Perda de dinheiro que não é capaz de explicar
  • Sintomas de mal-estar físico associados à frequência escolar
  • Receio, desconforto e recusa em frequentar a escola
  • Fugas da escola
  • Pioria no rendimento escolar
  • Evitamento de conversas em torno do tema “escola”
  • Afastamento em relação aos pais e amigos

 

VIOLÊNCIA NO NAMORO

  • Lesões físicas para as quais não apresenta explicação plausível
  • Medo claro na presença do/a parceiro ou quando o nome do/a parceiro/a é referido por outrem
  • Afastamento em relação aos amigos
  • Recusa ou desinteresse por actividades anteriormente apreciadas
  • Pioria no rendimento escolar
  • Absentismo escolar
  • Fugas da escola/de casa
  • Evitamento de conversas sobre o tema “namorado/a”