9º ano, por quê agora?
Apesar de a adolescência ser, mais do que em qualquer outra etapa de desenvolvimento, um período no qual probabilidade de envolvimento em comportamentos de risco é elevada, em virtude da experimentação e a exploração que a caracterizam, esta fase é também indicada como uma “janela de oportunidade” para a educação e para a aprendizagem de competências, nomeadamente no que diz respeito a relacionamentos saudáveis.
Efectivamente, este período é frequentemente caracterizado por uma panóplia de experiências relacionais, que promovem a emergência e clarificação de identidades sexuais e de género. Uma vez que se encontram numa fase de transição e de maior instabilidade, os jovens podem estar mais receptivos e predispostos para a mudança, para a experimentação de diferentes papéis e para testarem estratégias de relacionamento com os outros.
O desafio é pois bastante elevado: deixar os adolescentes fazerem o seu percurso normal, mas garantir que estes tomam decisões seguras e responsáveis.
Testemunho de uma aluna
“Pessoalmente considero que este projecto de uma utilidade extrema, fazendo com que cresçamos como pessoas e que vejamos o mundo de outras perspectivas para que finalmente possamos tomar as decisões mais acertadas de modo a não nos prejudicarmos e a não prejudicarmos os outros.
A abordagem de temas como a amizade e a sexualidade nesta disciplina é feita de uma forma totalmente liberal, limitando-se o professor a fornecer informações e a expor exemplos para que, com a ajuda dessas matérias consigamos formar as nossas próprias ideias e convicções. Deste modo nada é visto como certo ou errado, apenas sendo tudo diferente, o que nos dá um grande poder de escolha. Assim podemos ser pessoas com as suas próprias ideias mas acima de tudo pessoas informadas e que conheceram todos os caminhos (…). Considero que esta iniciativa da APAV óptima e acho que possivelmente está a ajudar muitos adolescentes permitindo-lhes e proporcionando-lhes liberdade consciente que é um elemento importantíssimo nos dia de hoje.
Continuem a desenvolver o óptimo trabalho e obrigada!”
Ana Cunha, 9.º E,
Escola Secundária Inês de Castro